Alexandre e outros heróis

Alexandre e Outros Heróis traz histórias folclóricas sobre heróis e grandezas - todas elas inverossímeis. Graciliano Ramos une o real ao imaginário, cabendo ao leitor demarcar a fronteira entre outros territórios. “Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício....

ver mais

Tipo de documento: Livro
Idioma: Português
Publicado em: Civilização 2006
Obter o texto integral:
id 618
recordtype dpu
spelling 9788520007457 Alexandre e outros heróis Ramos, Graciliano Civilização Livro Alexandre e Outros Heróis traz histórias folclóricas sobre heróis e grandezas - todas elas inverossímeis. Graciliano Ramos une o real ao imaginário, cabendo ao leitor demarcar a fronteira entre outros territórios. “Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.” 2010-11-09T00:00:00Z 2006 por https://alexandria.dpu.def.br/pesquisa/titulo.jsf?codigo=618 source
institution Defensoria Pública da União
collection DPU
language Português
description Alexandre e Outros Heróis traz histórias folclóricas sobre heróis e grandezas - todas elas inverossímeis. Graciliano Ramos une o real ao imaginário, cabendo ao leitor demarcar a fronteira entre outros territórios. “Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa. A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer.”
format Livro
title Alexandre e outros heróis
spellingShingle Alexandre e outros heróis
title_short Alexandre e outros heróis
title_full Alexandre e outros heróis
title_fullStr Alexandre e outros heróis
title_full_unstemmed Alexandre e outros heróis
title_sort alexandre e outros heróis
publisher Civilização
publishDate 2006
isbn 9788520007457
url https://alexandria.dpu.def.br/pesquisa/titulo.jsf?codigo=618
_version_ 1821145102518583296
score 12,572395