Resumo: |
Nos anos 1990, a pressão externa da comunidade internacional, combinada com a pressão interna dos movimentos feministas,
gerou ambiente propício para a reflexão de políticas públicas sobre igualdade de gênero em diversos países latino-americanos.
Neste contexto, foi gestada a política de cotas legislativas para inclusão de mulheres na política institucional na região. A política
de cotas, que teve início na Argentina de 1991, foi implementada nos anos que se seguiram em mais 14 países. É nesse sentido, e a
partir de literatura atinente, que o presente trabalho expõe os processos em torno do surgimento de cotas legislativas; assim como
seus principais resultados e desafios na mencionada região. A relevância desta empreitada reside na necessidade por um diagnóstico
atualizado sobre cotas, em nível regional. Ainda que haja vasta literatura sobre o tema, em sua maioria, versam sobre experiências
nacionais. Os resultados encontrados no decorrer deste trabalho apontam que, de modo geral, a representação feminina cresceu nos
parlamentos da região. No entanto, aponta também a discrepância de intensidade entre cada país, assim como a predominância de
sucesso em democracias que contam com mandatos de posição, magnitude em distrito eleitoral maior e listas fechadas e bloqueadas.
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