Mídia e democracia : indeterminação e representatividade da representação

Questiona-se aqui os pressupostos da chamada crise da representação na democracia contemporânea, e o papel específico nela desempenhado pelos modernos meios de comunicação, a partir de uma perspectiva teórica menos comprometida com os substancialismos individualista ou sociológico predominantes nas...

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Autor principal: Lattman-Weltman, Fernando
Tipo de documento: Artigo
Idioma: Português
Publicado em: 2017
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Resumo: Questiona-se aqui os pressupostos da chamada crise da representação na democracia contemporânea, e o papel específico nela desempenhado pelos modernos meios de comunicação, a partir de uma perspectiva teórica menos comprometida com os substancialismos individualista ou sociológico predominantes nas análises correntes sobre tal crise. Para isso, procede-se a uma pequena releitura de algumas das teorias fundadoras da democracia representativa moderna, cujo objetivo é contribuir para o início de certa desmistificação da noção de representação, tal como utilizada hoje pelos vários argumentos da crise, mostrando que, em seus primórdios, o caráter representativo da nova ordem republicana criada no Ocidente em muito pouco ( ou quase nada ) se referia, de fato, a algum problema de representação (tal como concebido hoje). Finalmente, se esboça uma defesa da inserção institucional-política da mídia na poliarquia atual, com base numa recolocação da questão da representatividade para a estabilidade e a eficácia do nosso sistema, dito representativo.