Resumo: |
Historicamente excluídas das esferas de poder e dos pleitos eleitorais,
as mulheres ainda apresentam participação muito limitada no
ambiente institucional e político do País. Para a mulher negra, sujeita
a combinados mecanismos discriminatórios de racismo e sexismo, os
obstáculos se mostram mais resistentes, demostrando a hierarquia
racial e de gênero em nossas sociedades (CARNEIRO, 2003). A cota
eleitoral de gênero que tem por alvo, garantir uma maior participação
das mulheres na vida política brasileira, dispõe que cada partido ou
coligação preencha o mínimo de 30% (trinta por cento) e o máximo de
70% (setenta por cento) para candidaturas de cada sexo (GROSSI;
MIGUEL, 2001). O presente trabalho integrou a ação de extensão
intitulada "Manifestações de gênero, raça, sexualidade e religião nas
eleições 2014", com apoio da PROEXT/UFBA. Com finalidade de
relacionar dados estatísticos da classificação de cor/raça descritas pelo
IBGE, com a representação da mulher negra nas eleições e examinar a
cota de gênero nos pleitos, além de pontuar a partir de entrevistas com
candidatas negras sobre suas trajetórias políticas e determinadas
dificuldades enfrentadas no período eleitoral, este trabalho visa
analisar a sub-representatividade parlamentar da mulher negra nas
eleições de 2014 e os elementos influenciadores da não equidade na
disputa de poder.
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