Resumo: |
Examina a estabilidade do Poder Executivo a partir da presença de congressistas e de não congressistas nos ministérios em todos os gabinetes nos últimos dois períodos democráticos (1946-1964 e 1985-2016). Comparou-se o tempo de permanência entre ministros com passagem pela Câmara e/ou Senado com aqueles que não passaram por esses níveis Legislativos e o risco de saída do gabinete de cada grupo através do estimador produto-limite de Kaplan-Meier. Através do modelo de riscos proporcionais de Cox, avaliou-se o impacto de doze fatores (pessoais, partidários, políticos e econômicos) sobre a taxa de rotatividade ministerial em cada regime. Os dados mostram, de maneira contraintuitiva, que a maior presença de "políticos" (definidos como ex-congressistas) nos gabinetes diminui o nível de sobrevivência ministerial em ambos os regimes, aumentando, assim, a instabilidade dos governos. O impacto das co-variáveis sobre a estabilidade variou muito dependendo do regime político considerado. Este é, contudo, um trabalho descritivo dos dados e uma pesquisa ainda exploratória.
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