Resumo: |
Reflete sobre a atualidade das categorias "direita" e "esquerda", bem como a permanência e validade dos conceitos, com base na forma em que aparecem na opinião pública. Tomando como recorte analítico o eleitorado paulistano, a partir da coleta de dados em um survey eleitoral, busca-se responder a duas questões: 1) como são compostas as parcelas da opinião pública que assumem alguma posição, ou não se identificam com os termos, a partir da autoclassificação no espectro político-ideológico direita-centro-esquerda? e 2) para além da autoclassificação, que
outros componentes comportamentais, atitudinais e de opinião pode-se mensurar, que apontem de forma consistente para o lugar político-ideológico do eleitorado? Examinando os posicionamentos relativos a questões de economia política (distributivismo e papel do Estado), a políticas de reconhecimento identitário, e ainda os diferentes níveis de socialização e engajamento político do eleitorado, sustenta-se a existência de tendências definidas para a adesão ou não às categorias "direita", "esquerda" e "centro", assim como a possibilidade de localizar os que não se situam no
espectro pela autoclasssificação.
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