Resumo: |
Discute a produção historiográfica brasileira
que, desde os anos 1990, compreende a Terceira República brasileira (1945-1964) como uma experiência de democracia representativa em processo de consolidação. Nesse sentido, o artigo critica teses tradicionais que, particularmente com o conceito de populismo, desqualificam a história política do período. Ao
mesmo tempo, defende que a consolidação dos partidos políticos, a participação política ampliada e o aumento da competição eleitoral
conviveram com a resistência de grupos políticos conservadores que questionavam os resultados eleitorais e, por vezes, recorriam
a setores das Forças Armadas para por fim ao próprio processo democrático. Apesar dos problemas inerentes a qualquer sistema
político, o que se propõe é que, no período, amplos setores da sociedade brasileira construíam e, ao mesmo tempo, participavam
das instituições liberal-democráticas.
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