Redefinindo a base teórica para o estudo dos partidos social-democratas
A ciência política geralmente interpreta a social-democracia como moderação, adesão ao capitalismo e diferenças apenas residuais em relação ao liberalismo de mercado. Este artigo advoga por outra definição, baseada nas ideias de Kautsky e Bernstein, com dois elementos-chave: a importância central da...
Autor principal: | Reis, Guilherme Simões |
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Outros Autores: | Tribunal Superior Eleitoral |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | Português |
Publicado em: |
2021
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Assuntos: | |
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Resumo: |
A ciência política geralmente interpreta a social-democracia como moderação,
adesão ao capitalismo e diferenças apenas residuais em relação ao liberalismo
de mercado. Este artigo advoga por outra definição, baseada nas ideias de Kautsky
e Bernstein, com dois elementos-chave: a importância central da democracia
representativa e parlamentar e o reconhecimento de que há limites para avançar na
transformação social. O reformismo gradual que daí decorre é o meio pelo qual os
partidos social-democratas buscam melhorar a vida de trabalhadores e excluídos.
É discutida a dinâmica interna dos partidos social-democratas, cuja tensão entre o
pragmatismo "bernsteiniano" e o purismo "kautskiano" evita que a social-democracia
vá para um dos extremos e se descaracterize. Debate-se o significado da moderação
da social-democracia, a qual deve avançar no limite das possibilidades e lutar para
modificar tais limites. Ao pesquisador cabe avaliar esses avanços relativamente aos
limites e as ações realizadas para reduzir tais restrições. |
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