Resumo: |
Nas eleições de 2018 a maioria do eleitorado brasileiro elegeu para a Presidência da
República a chapa formada por um capitão do Exército, Jair Messias Bolsonaro, então no
PSL, e o general Hamilton Mourão (PRTB) como vice. Pela via eleitoral oficiais da reserva
do Exército chegaram ao cargo mais importante do país, sendo, portanto, legitimados pelas
urnas após quase quarenta anos de funcionamento dessa segunda experiência de democracia
competitiva. Em uma sociedade com o histórico de intervenções militares como a brasileira
esse evento tem muitas implicações políticas, simbólicas e culturais. Para estudá-lo
precisamos de uma agenda de pesquisas. Neste artigo exploratório visou-se introduzir nesses temas buscando averiguar como essa aparente "união estável" entre integrantes das Forças Armadas e o atual presidente vem se realizando desde a campanha eleitoral. Para isso, analisaram-se, inicialmente, discursos de campanha e em eventos que revelam como foi se concretizando essa aliança. Em seguida verificou-se como essa corporação foi integrada ao governo por meio do mapeamento dos cargos ocupados.
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