Resumo: |
As eleições de 2018 estão inseridas em um cenário de continuidade da crise política e econômica, cujos sinais iniciaram em 2014. Os jogos da disputa presidencial talvez estejam enfrentando a sua fase de maior incerteza desde a eleição fundacional do nosso atual período democrático. Antes das convenções partidárias de julho, ao menos 14 pré-candidatos - com menor ou maior apoio - são nomes disponíveis para a disputa. Todavia, o que se destaca na pré-campanha é a imposição da agenda em debate. Conseguir impor a agenda em uma corrida eleitoral é um bom indicador para possível sucesso ao final do pleito, motivo pelo qual a análise dos issues levantados na pré-campanha é essencial. Soma-se a isso uma grave crise econômica, que incrementa a percepção de falência do sistema público. Revoltas e manifestações nas ruas e nas redes sociais online, bem como um grande embate de ideias com tons de intolerância - discussões sobre posicionamento político, imigração, gênero etc. -, são a tônica do tempo da mídia e da pré-campanha, e abrem caminho para discussões em torno de um conservadorismo político e econômico, e também acerca de valores.
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