Por que ainda falamos de clientelismo no Brasil?

Diferentemente do coronelismo, que perdeu força com o avanço dos mecanismos de controle sobre o processo eleitoral, ou do mandonismo, que rareou com a afirmação dos direitos políticos e civis no país, o clientelismo se manteve vivo por toda a história da democracia brasileira. Com o passar do tempo,...

ver mais

Autor principal: Müller, Matheus
Outros Autores: Tribunal Superior Eleitoral
Tipo de documento: Artigo
Idioma: Português
Publicado em: 2021
Assuntos:
Obter o texto integral:
id oai:bdjur.stj.jus.br.col_bdtse_4134:oai:localhost:bdtse-9184
recordtype tse
spelling oai:bdjur.stj.jus.br.col_bdtse_4134:oai:localhost:bdtse-91842024-10-14 Por que ainda falamos de clientelismo no Brasil? Why do we still speak of clientelism in Brazil? Müller, Matheus Tribunal Superior Eleitoral Comportamento político Eleitor Clientelismo Diferentemente do coronelismo, que perdeu força com o avanço dos mecanismos de controle sobre o processo eleitoral, ou do mandonismo, que rareou com a afirmação dos direitos políticos e civis no país, o clientelismo se manteve vivo por toda a história da democracia brasileira. Com o passar do tempo, mudaram os atores, sua presença diminuiu em determinados períodos, aumentou em outros, mas a troca de bens de qualquer natureza pelo voto do eleitor nunca deixou de existir. Este estudo assume o compromisso de descobrir o perfil do eleitor preferido pelos candidatos para ofertar o clientelismo entre os anos de 2000 e 2010 no Brasil. Se vale da metodologia quantitativa e das técnicas da estatística descritiva e do risco relativo para sua análise. Os principais resultados obtidos fazem cair por terra algumas das premissas da Ciência Política e do senso comum a respeito dessa prática tão comum à política brasileira. Unlike coronelism, which lost strength with the advance of the mechanisms of control over the electoral process, or of mandonismo, which became rare with the affirmation of the political and civil rights in the country, clientelism remained alive throughout the history of the Brazilian democracy. Over time, the actors changed, its presence decreased in certain periods, increased in others, but the exchange of goods of any nature for the voter's vote never ceased to exist. This study is committed to discovering the profile of the voter preferred by the candidates to offer clientelism between the years 2000 and 2010 in Brazil. It uses quantitative methodology and techniques of descriptive statistics and of the relative risk for the analysis. The main results obtained make some of the premises of Political Science and of common sense about this practice, which is so common to Brazilian politics, fall apart. 2021-08-27T17:15:04Z 2021-08-27T17:15:04Z 2020 Artigo MÜLLER, Matheus. Por que ainda falamos de clientelismo no Brasil? Revista Debates, Porto Alegre, v. 14, n. 3, p. 150-176, set./dez. 2020. http://bibliotecadigital.tse.jus.br/xmlui/handle/bdtse/9184 pt_BR <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BR"><img alt="Licença Creative Commons" style="border-width:0" src="https://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/4.0/88x31.png" /></a><br />Este item está licenciado com uma Licença <a rel="license" href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BR">Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional</a>. 27 p.
institution TSE
collection TSE
language Português
topic Comportamento político
Eleitor
Clientelismo
spellingShingle Comportamento político
Eleitor
Clientelismo
Müller, Matheus
Por que ainda falamos de clientelismo no Brasil?
description Diferentemente do coronelismo, que perdeu força com o avanço dos mecanismos de controle sobre o processo eleitoral, ou do mandonismo, que rareou com a afirmação dos direitos políticos e civis no país, o clientelismo se manteve vivo por toda a história da democracia brasileira. Com o passar do tempo, mudaram os atores, sua presença diminuiu em determinados períodos, aumentou em outros, mas a troca de bens de qualquer natureza pelo voto do eleitor nunca deixou de existir. Este estudo assume o compromisso de descobrir o perfil do eleitor preferido pelos candidatos para ofertar o clientelismo entre os anos de 2000 e 2010 no Brasil. Se vale da metodologia quantitativa e das técnicas da estatística descritiva e do risco relativo para sua análise. Os principais resultados obtidos fazem cair por terra algumas das premissas da Ciência Política e do senso comum a respeito dessa prática tão comum à política brasileira.
author2 Tribunal Superior Eleitoral
format Artigo
author Müller, Matheus
title Por que ainda falamos de clientelismo no Brasil?
title_short Por que ainda falamos de clientelismo no Brasil?
title_full Por que ainda falamos de clientelismo no Brasil?
title_fullStr Por que ainda falamos de clientelismo no Brasil?
title_full_unstemmed Por que ainda falamos de clientelismo no Brasil?
title_sort por que ainda falamos de clientelismo no brasil?
publishDate 2021
url http://bibliotecadigital.tse.jus.br/xmlui/handle/bdtse/9184
_version_ 1813002245043650560
score 12,587216