Partidos, grupos e famílias : a polarização contextualizada das disputas municipais

Apresenta parte dos resultados de pesquisa de mestrado, discutindo a articulação entre os arranjos políticos locais e a polarização nacional protagonizada por PT e PSDB desde 1994. A partir de grupos focais realizados com eleitores de dois municípios de Minas Gerais, classificados como cenários de p...

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Autor principal: Salles, Nara Oliveira
Outros Autores: Tribunal Superior Eleitoral
Tipo de documento: Outro
Idioma: Português
Publicado em: 2021
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Resumo: Apresenta parte dos resultados de pesquisa de mestrado, discutindo a articulação entre os arranjos políticos locais e a polarização nacional protagonizada por PT e PSDB desde 1994. A partir de grupos focais realizados com eleitores de dois municípios de Minas Gerais, classificados como cenários de polarização alta e aliança plena, através de variáveis como coligação e lançamento de candidatura própria para prefeito, desempenho eleitoral, organização partidária local e número de filiados, o objetivo é explicitar como o arranjo político local se configura a partir de elementos, como grupos e famílias, que extrapolam os partidos políticos. Para a compreensão desses cenários, sugere-se a ideia de polarização contextualizada, que associa a tendência apontada por Duverger (1980), de que disputas majoritárias de único turno conformariam dualismo partidário, ao conceito de racionalidade política contextual de Lima Júnior (1983). Nesse sentido, haveria uma tendência à polarização nos municípios de pequeno porte, originada, no entanto, de fragmentações outras, contextualizadas, para além da clivagem nacional e dos partidos políticos que a protagonizam.