Resumo: |
Após as eleições de 2014, muito foi dito na imprensa sobre o caráter conservador do
Congresso eleito. O objetivo do trabalho é verificar empiricamente a consistência destas afirmações no que concerne à Câmara dos Deputados, a partir do mapeamento das
origens partidárias dos novos deputados. Além disso, traça o perfil socioeconômico dos mesmos, comparando-os com políticos de legislaturas anteriores (1990 a 2010) e
problematizando a questão da profissionalização política. São levadas em consideração variáveis como sexo, idade, educação e ocupação. Inicialmente, faz uma breve revisão em torno do tema sobre conservadorismo na política institucional brasileira, e depois apresenta os dados e os métodos utilizados para operacionalizá-los. Por fim, conclui que o crescimento da fragmentação partidária nesta última legislatura pluralizou o perfil que a Câmara vinha tendo, abrindo espaço para a entrada de novas legendas e seus políticos, com perfis mais associados às ideologias de centro e de direita.
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