Agendas, preferências e competição : PT e PSDB nas disputas presidenciais brasileiras

Atualmente, há um debate na ciência política brasileira sobre uma possível bipolarização do sistema partidário, decorrente da concentração da competição, nas eleições presidenciais, em dois partidos: PT e PSDB. As presumíveis semelhanças advindas de origens históricas compartilhadas (oposição ao reg...

ver mais

Principais autores: Tarouco, Gabriela da Silva, Madeira, Rafael Machado, Vieira, Soraia Marcelino
Outros Autores: Tribunal Superior Eleitoral
Tipo de documento: Outro
Idioma: Português
Publicado em: 2021
Assuntos:
Obter o texto integral:
Resumo: Atualmente, há um debate na ciência política brasileira sobre uma possível bipolarização do sistema partidário, decorrente da concentração da competição, nas eleições presidenciais, em dois partidos: PT e PSDB. As presumíveis semelhanças advindas de origens históricas compartilhadas (oposição ao regime militar e referências de esquerda nos quadros dos partidos) fazem da acirrada oposição entre eles um rico objeto de investigação que poderá lançar luzes importantes sobre a compreensão dos termos em que se dá a competição partidária na democracia brasileira. A análise dos programas de governo que cada um lançou para as eleições de 2006 e de 2010 pode revelar se, e em que medida, as plataformas se afastam ou se aproximam, as agendas de políticas públicas propostas estabelecem prioridades específicas ou comuns, como cada plataforma se situa na dimensão esquerda-direita e em que medida acolhem questões da chamada agenda pós-materialista. Para isso, o artigo se vale da análise de conteúdo dos programas de governo de Serra, Alckmin, Lula e Dilma. A referência teórica é a Saliency Theory, (Robertson, 1976) e as categorias utilizadas são adaptadas daquelas do Manifest Research Group.