O peso do voto metropolitano : a representatividade das regiões metropolitanas de Curitiba, Londrina e Maringá na Assembleia Legislativa do Paraná- ALEP

Com a Constituição de 1988, as metrópoles tiveram o reconhecimento de sua relevância na dinâmica da vida urbana. Entretanto, o mesmo não se deu com a politização do tema metropolitano, tampouco com sua governança, que são continuamente negligenciados pelos gestores públicos, ficando de fora da agend...

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Principais autores: Tonella, Celene, Damascena, Jeferson
Outros Autores: Tribunal Superior Eleitoral
Tipo de documento: Outro
Idioma: Português
Publicado em: 2021
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Resumo: Com a Constituição de 1988, as metrópoles tiveram o reconhecimento de sua relevância na dinâmica da vida urbana. Entretanto, o mesmo não se deu com a politização do tema metropolitano, tampouco com sua governança, que são continuamente negligenciados pelos gestores públicos, ficando de fora da agenda das elites políticas. O presente trabalho propõe testar a hipótese de que a causa da negligência em relação às questões metropolitanas tem um nexo causal com o sistema político representativo brasileiro. Esse sistema, em sua operacionalização tende a prejudicar, de forma sistemática, a capacidade de representação parlamentar dos centros mais urbanizados do País, bem como as capitais e as regiões metropolitanas. Nesse sentido, analisaremos a composição atual da Assembleia Legislativa do Paraná - ALEP, tendo por base a territorialização dos votos obtidos pelos deputados eleitos em 2006 nas regiões metropolitanas (RMs) polarizadas pelos municípios paranaenses de Curitiba, Maringá e Londrina. A partir dos mapas eleitorais da respectiva eleição proporcional, buscaremos avaliar a constituição do voto metropolitano. O entendimento é que ocorra uma subrepresentação das regiões metropolitanas na Assembleia. Concomitantemente, verificaríamos uma sobrerepresentação das cidades-polo, em detrimento das outras cidades. Via de consequência, os representantes teriam certa tendência a legislar para o atendimento das demandas dos seus redutos, caracterizando um fenômeno recente na sociologia eleitoral: o "paroquialismo metropolitano".