Resumo: |
Reflete criticamente sobre o lugar usual da teoria política e do pensamento social e político
brasileiro no âmbito acadêmico e intelectual da moderna ciência política brasileira. Para isso, realizamos uma breve análise histórica
da formação desse campo epistêmico nos Estados Unidos e no
Brasil, destacando as semelhanças e diferenças desse processo
nos dois países. Argumentamos contra uma visão naturalista e
de inclinação positivista que contribui para que a reflexão teórica
da política fique apartada da discussão mais empírica. Propomos,
destarte, uma ciência política que seja capaz de incorporar a
dimensão subjetiva, a cultura política, como parte inerente à
prática política do cotidiano, através do conceito de linguagens
políticas. Essas linguagens, utilizadas pelos atores políticos, são
inevitavelmente compostas de conceitos e valores, conferindo
inteligibilidade à realidade política e conformando os interesses
dos diversos grupos sociais em disputa.
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