A estabilidade e a efetividade da preferência partidária no Brasil
Utiliza dados de pesquisa de opinião em painel coletados ao longo de 2002 em Caxias do Sul (RS) e Juiz de Fora (MG) para testar em que medida a preferência partidária é uma atitude estável e efetiva entre os eleitores brasileiros que a declaram. As análises focalizam os eleitores do Partido dos Trab...
Autor principal: | Pereira, Frederico Batista |
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Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | Português |
Publicado em: |
2017
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Assuntos: | |
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Resumo: |
Utiliza dados de pesquisa de opinião em painel coletados ao longo de 2002 em
Caxias do Sul (RS) e Juiz de Fora (MG) para testar em que medida a preferência partidária
é uma atitude estável e efetiva entre os eleitores brasileiros que a declaram. As análises
focalizam os eleitores do Partido dos Trabalhadores. A questão que move o artigo é até
que ponto a preferência partidária pode ser vista como uma causa do voto para presidente
no Brasil. Duas perspectivas são contrastadas em busca da resposta para essa questão.
A primeira defende que, ainda que restrita a uma parcela minoritária do eleitorado, a
preferência partidária constitui uma atitude forte. Para a segunda perspectiva, a preferência
partidária é, de maneira geral, uma atitude instável que emerge durante o período
eleitoral, provavelmente em virtude da campanha e da identificação do eleitor com os
candidatos. Os resultados das análises mostram que grande parte do petismo manifestado
nas pesquisas de opinião em outubro se deve à saliência da eleição presidencial e tende a
desaparecer posteriormente, além de ser menos importante para a escolha de candidatos
para outros cargos em disputa. Além disso, esse petismo instável é mais comum entre
eleitores menos politicamente envolvidos e sofisticados. |
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