As conseqüências políticas e econômicas das crises entre Executivo e Legislativo
Boa parte das análises recentes do presidencialismo baseiam-se no pressuposto de que o confronto entre executivo e legislativo cria condições simultâneas para a estabilidade das políticas e para o rompimento do regime. Neste trabalho, mostro que há uma tensão lógica inerente entre essas duas prediçõ...
Autor principal: | Pérez-Liñán, Anibal S. |
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Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | Português |
Publicado em: |
2017
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Resumo: |
Boa parte das análises recentes do presidencialismo baseiam-se no pressuposto de que o confronto
entre executivo e legislativo cria condições simultâneas para a estabilidade das políticas e para o
rompimento do regime. Neste trabalho, mostro que há uma tensão lógica inerente entre essas duas
predições e que elas se baseiam em pressupostos contraditórios. Em seguida, desenvolvo um modelo de
impasse executivo-legislativo e sustento que a instabilidade do regime é mais provável quando atores
partidários são unilateralmente impacientes, quando o desenho institucional é inclinado a favor de um
partido e quando o número de partidos é maior. Na terceira seção, testo as predições do modelo usando
dados de cortes transversais em séries no tempo para dezenove países do hemisfério ocidental entre
1950 e 2000. Por fim, discuto como essa abordagem ilumina alguns enigmas empíricos, como a
sobrevivência histórica do presidencialismo americano e os baixos níveis de instabilidade do regime
criados por impasses executivo-legislativo na América Latina na década de 1990. |
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