De Chávez a Trump : dificuldades do método comparativo aplicado ao populismo
Existe em curso um ressurgimento do amplo debate sobre a natureza do populismo, lastreado por novos atores populistas, eleições e referendos, assim como o retorno da palavra em análises jornalísticas escritas no calor do momento, frequentemente desprovidas de uma reflexão conceitual sobre o fenômeno...
Autor principal: | Cilia, Gustavo Bianezzi |
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Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | Português |
Publicado em: |
2017
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Assuntos: | |
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Resumo: |
Existe em curso um ressurgimento do amplo debate sobre a natureza do
populismo, lastreado por novos atores populistas, eleições e referendos, assim como o retorno
da palavra em análises jornalísticas escritas no calor do momento, frequentemente desprovidas
de uma reflexão conceitual sobre o fenômeno. A novidade na conjuntura atual é a expansão
do populismo para contextos onde há muito não era encontrado, como Europa e Estados
Unidos. A interação global entre as características supostamente populistas de diferentes
líderes e movimentos políticos em contextos diversos geram comparações que transpõem
uma definição conceitual e problematizam ainda mais um debate que já sofria com a falta
de consenso. No trabalho são tratadas as dificuldades do método comparativo mediante
a indeterminação conceitual do populismo. A miríade de características levantadas pelas
comparações é evidência das diversas escolas de análise sobre o populismo que o relacionam
a um estilo retórico, estrutura de governo ou ideologia política. São exploradas algumas
conseqüências destas diferentes vertentes, e são sugeridas estratégias para uma agenda de
pesquisa sobre o método comparativo utilizado no populismo. |
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