Resumo: |
Propõe dois objetivos correlacionados: em primeiro lugar, discutir as anomalias lógicas, conceituais e empíricas das interpretações canônicas do índice de volatilidade eleitoral, entendido como mediador empírico do grau de
institucionalização dos sistemas partidários, e, em segundo lugar, propor uma interpretação alternativa para o índice,
abandonando-se o viés sociológico em favor de uma abordagem econômica. Nesse caso, o sistema partidário deve ser concebido
como um mercado eleitoral, no qual o grau de restrições (regras e recursos) tem peso significativo na dinâmica da oferta
(partidos disponíveis e política oferecidas e/ou executadas) e da demanda (eleitores individuais, classes econômicas, grupos
étnicos, linguísticos ou religiosos e todo o tipo de clivagens sociais), e a volatilidade eleitoral reflete os movimentos evolutivos
desse mercado.
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