Resumo: |
Apresenta parte da pesquisa desenvolvida no Programa de Pós Graduação em História na PUCRS em nível de mestrado. Aqui, analisamos o papel da Frente Única Gaú-cha (PL e PRR) no processo de isolamento político do governador Flores da Cunha no Rio Grande do Sul (1935-1937). A FUG, uma aliança constituída em função da Revolução de 1930, passou a ser um bloco político oposicionista a partir do momento em que se distanci-ou de Getúlio Vargas, rompendo por definitivo em função do apoio aos paulistas na Guerra Civil de 1932, esperando contar com o apoio de Flores da Cunha, então interventor, que não ocorre. Desmantelado o movimento, os frenteunistas passaram para o exílio e ostracis-mo, voltando ao cenário político depois da Lei da Anistia de 1934, agora como bloco de oposição a Getúlio Vargas e Flores da Cunha. No entanto, a partir de 1935, passou a dialo-gar com ambos, sobretudo na medida em que Getúlio Vargas e Flores da Cunha, de fieis aliados, passaram ao rompimento político e pessoal, com a resistência deste a qualquer mo-vimento em direção a quebra da carta constitucional de 1934. Desta forma, constatamos que a FUG teve papel decisivo para ambos os lados em dissídio, realizando um acordo com Flores da Cunha em 1936 - modus vivendi - mas, a partir de 1937, teve papel preponde-rante para a queda do governador do Rio Grande do Sul, viabilizando o golpe do Estado Novo, duas semanas depois de sua renúncia. Para isso, dialogaremos com a literatura exis-tente sobre o tema e com alguns arquivos pessoais e hemerotecas, assinaladas ao longo des-te texto.
|