Resumo: |
A sub-representação das mulheres na política
é uma realidade constatada em grande parte
dos países do mundo. No Brasil, mesmo
correspondendo percentualmente a mais da
metade do eleitorado nacional, as mulheres
desempenham um papel de menor relevância
no campo da política. Nesse texto, parte-se
do pressuposto teórico de que a democracia
brasileira só será plena quando todos os seus
cidadãos forem representados, participando
ativamente da condução do destino do país -
contribuindo assim para construção de uma
sociedade mais justa e fraterna. Isso posto,
o presente artigo tem por objetivo tecer uma
breve reflexão sobre a participação feminina
na política brasileira, incluindo uma síntese do
panorama histórico relacionado a tal tema. Para
tanto, após a consulta à literatura acadêmica
e à legislação vigente, este texto utiliza-se da
dialética crítica para confrontar as propostas
do arcabouço jurídico corrente, os casos de
sucesso documentado e o atual panorama da
participação das mulheres na política brasileira,
de modo a apontar caminhos possíveis para
uma maior presença feminina no parlamento.
Em suas considerações finais o texto ressalta,
dentre outras, que cabe à população feminina
fazer reflexões sobre a sua participação efetiva
no campo político. Pensar em ocupar esses
espaços é necessário para, inclusive, eliminar
a cultura de submissão ao gênero masculino.
Deve-se compreender que toda a sociedade
perde com a falta de representação da mulher
no parlamento, tendo em vista que, nessa
situação, a política passa a ser construída com
visões distorcidas sobre os problemas sociais,
sob os moldes de visões estreitas e parciais da
realidade e do projeto de desenvolvimento do
país.
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