Resumo: |
Analisa as bases eleitorais dos candidatos a deputado federal provenientes do clero, em cinco eleições brasileiras, de 1998 a 2014. Busca responder duas questões: 1) candidatos evangélicos possuem bases eleitorais distintas dos demais candidatos? 2) existem preditores sociais, econômicos ou políticos do voto em candidatos evangélicos? Para a primeira questão, utiliza o índice G de Florence, que mede quão pulverizada ou concentrada foi a votação do candidato. A hipótese que candidatos do religiosos, devido aos fatores organizacionais aos quais tem acesso, teriam votação mais pulverizada do que os demais candidatos, é rejeitada. Para a segunda hipótese, constrói-se uma inferência ecológica, tendo o município como unidade de análise, baseado no modelo de Goodman. As hipóteses apresentadas são parcialmente confirmadas, com o fator preditivo mais forte sendo porcentagem de mulheres no eleitorado, seguido de porcentagem de eleitores de 25 a 44 anos, e, em 2014, número efetivo de candidatos. O paper foca sua revisão teórica nos aspectos metodológicas da abordagem escolhida, a inferência ecológica, e seus desdobramentos e detalhes, por acreditar que este é um método potencial aberto a maior exploração nas pesquisas brasileiras.
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