As instituições contam : o voto das deputadas federais no plenário da Câmara no governo Temer (2016-2017)

Avalia a disciplina partidária das deputadas federais nos projetos enviados pelo Poder Executivo entre agosto de 2016 a dezembro de 2017. Assim os objetivos específicos são: i) analisar e avaliar a votação nominal das deputadas no recorte temporal definido; e, ii) verificar se as deputadas apresenta...

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Principais autores: Franco, Geissa Cristina, Ferreira, Diogo Tavares de Miranda, Bittencourt, Maiane Aldlin
Outros Autores: Tribunal Superior Eleitoral
Tipo de documento: Outro
Idioma: Português
Publicado em: 2020
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Resumo: Avalia a disciplina partidária das deputadas federais nos projetos enviados pelo Poder Executivo entre agosto de 2016 a dezembro de 2017. Assim os objetivos específicos são: i) analisar e avaliar a votação nominal das deputadas no recorte temporal definido; e, ii) verificar se as deputadas apresentaram considerável autonomia em relação aos partidos. Dessa maneira, questiona-se nessa pesquisa: em que medida as deputadas federais foram disciplinadas aos seus partidos nas votações dos projetos enviados pelo poder executivo entre agosto de 2016 a dezembro de 2017? Qual o grau de congruência das deputadas federais aos projetos enviados pelo executivo? H1: Assim como Lovenduski e Norris (2001) perceberam que as parlamentares britânicas seguem fielmente seus partidos, entre os anos 2016 e 2017 acredita-se que as deputadas federais foram disciplinadas aos seus partidos nas votações pelo governo Temer. A pesquisa foi de cunho empírico e de método quantitativo, ao utilizar a técnica da análise das votações nominais das proposições enviadas pelo Governo Temer (2016 - 2017). Utilizou-se um Application Programming Interface (API) para a obtenção dos dados, cuja fonte é o portal on-line da Câmara dos Deputados. Desse modo, a fim de tornar-se mensurável a questão da disciplina partidária utilizou-se o Índice de Fidelidade a Posição do Líder do Partido apresentado por Limongi (1999). Um dos resultados encontrados é que tanto deputadas federais de partidos da base do governo como deputadas federais oposicionistas são fiéis a indicação do partido nos projetos enviados pelo Executivo em boa parte das vezes, sendo as oposicionistas mais fiéis a indicação do líder do partido (95% das vezes) enquanto as situacionistas seguem o partido em 89% das votações.