Resumo: |
Analisa comparativamente a composição dos dirigentes partidários nacionais e no estado de São Paulo, a partir das composições das executivas do PT e do PSDB em perspectiva longitudinal: desde a fundação até a composição mais recente. A finalidade é verificar o impacto do sucesso eleitoral na composição das executivas nacionais e estaduais, via índices de sobrevivência da coalizão dominante, elaborado por Schoenfeld (1980). Também são analisados o perfil predominante das cúpulas nos diferentes níveis, a fim de comparar os critérios endógenos de recrutamento e de
mudança das elites, verificando a proeminência dos militantes, burocracia partidária ou dos mandatários (public-office). Hipóteses: 1) Elites vencedoras são premiadas e continuam a ocupar cargos nas executivas, apresentando maior estabilidade na composição ao longo do tempo. Assim sendo, a executiva estadual do PSDB apresenta maior estabilidade no nível estadual, pois distintamente do cenário nacional, São Paulo é o estado com mais tempo sem alternância partidária - sob governo tucano desde 1995. No caso petista, ocorre precisamente o oposto, em razão dos sucessos eleitorais recorrentes no nível nacional desde 2002. 2) Dado o modelo originário e o
desenvolvimento partidário mais centralizado, o PT tende a possuir executivas menos
parlamentarizadas em ambos os níveis, com presença de militantes.
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