| Resumo: |
Analisa os avanços da participação feminina na vida
política do Brasil. Para tanto inicialmente faz um breve apanhado histórico no mundo e no
Brasil, percorrendo as batalhas que levaram à conquista do sufrágio feminino, as principais
alterações legislativas e o alicerce constitucional que o embasou. Num segundo momento
discorre acerca da efetividade das cotas de gênero e sobre a alteração do modelo de
financiamento de campanha como combate à corrupção, além de tratar da discussão acerca
dos percentuais dos recursos públicos destinados às candidaturas femininas e suas efetivas
destinações. A terceira parte do trabalho versa sobre diversos pontos sensíveis que ainda
precisam ser muito debatidos para que o Brasil possa avançar na efetiva representatividade
feminina na vida política. Os pontos abordados no presente estudo percorrem ainda: o sucesso
do modelo argentino e como nosso país vizinho logrou êxito na aplicação de suas cotas de
gênero alcançando uma importante representatividade de mulheres na vida política daquele
país; a composição diretiva dos órgãos partidários e a importância de termos uma
representatividade feminina em suas composições; a autonomia partidária, que representaria a
discricionariedade para a agremiação partidária distribuir sua verba pública com base em
critérios definidos pelos partidos políticos que estariam apenas sujeitos a auditoria para
análise, com base nos princípios de integridade e transparência; e, por fim, uma reflexão
sobre a violência de gênero na política, tema extremamente atual e delicado, por cuidar da
dignidade feminina e da grave violência sofrida pelas mulheres, que podem resultar desde
agressões morais, a outras mais extremas, como violência física e assassinato, configurando
um dos principais obstáculos que impede as mulheres de gozarem de seus direitos políticos de
forma plena.
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