Não verás país nenhum

Não verás país nenhum, do escritor brasileiro Ignácio de Loyola Brandão, é uma distopia que apresenta o que poder ser um futuro próximo no Brasil. Em Não verás país nenhum, Souza, narrador-personagem, conta aquilo que poderá vir a ser o nosso país em pleno caos que o próprio ser humano criou com o p...

ver mais

Tipo de documento: Livro
Idioma: Português
Publicado em: Global 2003
Obter o texto integral:
id 2586
recordtype dpu
spelling 852600199X Não verás país nenhum Brandão, Ignácio de Loyola Global Livro Não verás país nenhum, do escritor brasileiro Ignácio de Loyola Brandão, é uma distopia que apresenta o que poder ser um futuro próximo no Brasil. Em Não verás país nenhum, Souza, narrador-personagem, conta aquilo que poderá vir a ser o nosso país em pleno caos que o próprio ser humano criou com o passar do tempo: escassez de alimentos e água; proibição de livre circulação da população; opressão; autoritarismo; falsificação da história; o desastre ecológico ameaçando a sobrevivência; a violência direta e indiretamente exercida. A história se passa São Paulo, uma cidade tomada pela poluição, após a morte dos rios, das plantas, dos animais e na qual as pessoas fazem de tudo para sobreviver. Não só São Paulo, mas também o país é tomado pelo chamado Esquema, uma espécie de força ditatorial muito semelhante àquela de 64. Há fichas para água, a que poucos têm acesso; fichas de circulação, pois não se pode mais circular por todo canto, cada um só pode pegar um ônibus predeterminado; carros não são mais usados; as comidas são todas feitas em laboratório; há, inclusive, um museu de água de rios. A história, nos livros, é sempre reescrita, de acordo com as ordens e critérios do Esquema. Após experiências em laboratórios e explosões nucleares, pessoas se tornaram doentes; as mulheres são estéreis, as crianças quase não existem mais. De todo lado surgem pessoas estranhas, fugindo do forte sol que aniquila qualquer vida. Muitas têm uma aparência assustadora: há os carecas que estão descascando; pessoas que perdem as unhas; sujeitos sofrem de ossos amolecidos; há os que ficaram cegos, ou que os olhos saltaram e ficaram despencados; há os sem destes; os sem nariz; e aqueles com furos nas mãos. Há um medo generalizado, entre o que se pode considerar “classe média” de invasões e de assassinatos por parte desses miseráveis. Pobres, menos favorecidos, são transferidos para os chamados Acampamentos Paupérrimos, onde vivem em condições desumanas. 2019-01-29T00:00:00Z 2003 por https://alexandria.dpu.def.br/pesquisa/titulo.jsf?codigo=2586 source
institution Defensoria Pública da União
collection DPU
language Português
description Não verás país nenhum, do escritor brasileiro Ignácio de Loyola Brandão, é uma distopia que apresenta o que poder ser um futuro próximo no Brasil. Em Não verás país nenhum, Souza, narrador-personagem, conta aquilo que poderá vir a ser o nosso país em pleno caos que o próprio ser humano criou com o passar do tempo: escassez de alimentos e água; proibição de livre circulação da população; opressão; autoritarismo; falsificação da história; o desastre ecológico ameaçando a sobrevivência; a violência direta e indiretamente exercida. A história se passa São Paulo, uma cidade tomada pela poluição, após a morte dos rios, das plantas, dos animais e na qual as pessoas fazem de tudo para sobreviver. Não só São Paulo, mas também o país é tomado pelo chamado Esquema, uma espécie de força ditatorial muito semelhante àquela de 64. Há fichas para água, a que poucos têm acesso; fichas de circulação, pois não se pode mais circular por todo canto, cada um só pode pegar um ônibus predeterminado; carros não são mais usados; as comidas são todas feitas em laboratório; há, inclusive, um museu de água de rios. A história, nos livros, é sempre reescrita, de acordo com as ordens e critérios do Esquema. Após experiências em laboratórios e explosões nucleares, pessoas se tornaram doentes; as mulheres são estéreis, as crianças quase não existem mais. De todo lado surgem pessoas estranhas, fugindo do forte sol que aniquila qualquer vida. Muitas têm uma aparência assustadora: há os carecas que estão descascando; pessoas que perdem as unhas; sujeitos sofrem de ossos amolecidos; há os que ficaram cegos, ou que os olhos saltaram e ficaram despencados; há os sem destes; os sem nariz; e aqueles com furos nas mãos. Há um medo generalizado, entre o que se pode considerar “classe média” de invasões e de assassinatos por parte desses miseráveis. Pobres, menos favorecidos, são transferidos para os chamados Acampamentos Paupérrimos, onde vivem em condições desumanas.
format Livro
title Não verás país nenhum
spellingShingle Não verás país nenhum
title_short Não verás país nenhum
title_full Não verás país nenhum
title_fullStr Não verás país nenhum
title_full_unstemmed Não verás país nenhum
title_sort não verás país nenhum
publisher Global
publishDate 2003
isbn 852600199X
url https://alexandria.dpu.def.br/pesquisa/titulo.jsf?codigo=2586
_version_ 1821144806005407744
score 12,572395