Resumo: |
Faz uma análise crítica do artigo 15, inciso III da Constituição Federal Brasileira, à luz dos demais dispositivos ordinários que regem a suspensão e/ou a perda dos direitos políticos das pessoas em detenção. Este artigo se dedica a contrapor as ideias defendidas
pela doutrina majoritária nacional - que acata a disposição legal, com os preceitos, direitos e garantias
fundamentais que priorizam o instituto do sufrágio universal. O estudo pretende colocar
em cheque as reais dificuldades estruturais, alegadas pelos Tribunais Regionais Eleitorais como
justificativa para a não efetivação do direito de voto dos presos provisórios e adolescentes maiores
de 16 anos. Pretende, também, demonstrar a ilegalidade que macula a suspensão deste direito em
relação aos presos condenados com sentenças transitadas em julgado. Além de abordar a temática
do voto do preso desde uma perspectiva teórica, também pretende ilustrar a situação observada
no Projeto Egresso, da Pastoral Carcerária de São Paulo. Por fim, este artigo quer demonstrar que
o próprio Estado é o responsável pela dificuldade encontrada na reinserção do egresso no mercado
de trabalho, uma vez que o título de eleitor é um documento essencial para a contratação legal
dos trabalhadores.
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