O "não lugar" das mulheres na memória e na história do PCB

Faz uma breve discussão sobre a memória e a história do Partido Comunista Brasileiro (PCB), e o lugar (ou o "não lugar) que tem sido reservado às mulheres. Grande parte dos textos memorialísticos são de autoria masculina e deram pouca visibilidade à militância feminina e/ou as discussões femini...

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Autor principal: Alves, Iracélli da Cruz
Outros Autores: Tribunal Superior Eleitoral
Tipo de documento: Outro
Idioma: Português
Publicado em: 2020
Assuntos:
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Resumo: Faz uma breve discussão sobre a memória e a história do Partido Comunista Brasileiro (PCB), e o lugar (ou o "não lugar) que tem sido reservado às mulheres. Grande parte dos textos memorialísticos são de autoria masculina e deram pouca visibilidade à militância feminina e/ou as discussões feministas. O esquecimento (ou silêncio?) acabou perpassando os trabalhos historiográficos que frequentemente secundarizam, ou simplesmente não mencionam, a atuação das mulheres. Busca-se analisar a militância comunofeminista, experiência que tem sido negligenciada pelos estudiosos. Apesar dos esquecimentos e/ou silêncios, as mulheres participaram ativamente do partido, quiçá imprimindo um jeito próprio de fazer política. É fundamental recuperar essa história, já que a maioria dos trabalhos toma como base aspectos da chamada política geral, o que exclui a política feminista, considerada específica. Essa concepção acaba relegando para plano secundário a participação feminina dentro do partido. Visto meramente como um movimento particular, não se questiona o impacto da política feminista nas discussões políticas "gerais", nas resoluções do partido e no estabelecimento de seus programas.