Resumo: |
Na maior parte do século XX, o México vivenciou um sistema de partido hegemônico que
centralizava as decisões políticas dentro do Partido Revolucionario Institucional (PRI). Somado a isso, o
federalismo instaurado em 1917 era altamente centralizado na União, deixando pouca autonomia
para as unidades subnacionais. Nesse quadro, não havia espaço político para as oposições, nem
partidárias nem territoriais. A situação começa a mudar a partir da década de 1980. Esse artigo trata
dessa abertura política, focando na questão da descentralização do federalismo do México a partir
de dois eixos: 1) o federalismo fiscal e 2) a descentralização política. O primeiro trata da distribuição
de recursos fiscais entre União, estados e municípios, enquanto o segundo centra-se na capacidade
das lideranças subnacionais para intervir na política nacional. O quadro apresentado por esse país
no início do século XX é distinto do anterior, podendo ser caracterizado como possuindo ainda
uma alta centralização fiscal (mesmo que menor que a anterior), mas com um crescente papel das
lideranças subnacionais na condução política do país.
|