Resumo: |
Partidos se coligam das mais diferentes maneiras em eleições municipais,
sem respeitar algo que possa ser traduzido em matéria ideológica ou mesmo em
relação a um alinhamento federal. Esse fenômeno se repete, pelo menos, desde o
ano 2000, quando o Tribunal Superior Eleitoral passou a divulgar dados de alianças.
Tais afirmações se fazem mais claras para a disputa de prefeituras, ou seja,
eleições majoritárias municipais. O objetivo desse artigo é verificar o que houve
com as alianças entre partidos no pleito de 2016, tendo em vista o comportamento
histórico das legendas entre 2000 e 2012. A partir de então, buscará compreender se
houve algum tipo de alteração na lógica de alinhamento tendo em vista o principal
fato político de 2016, a despeito da importância das eleições: o impeachment da
presidente Dilma Rousseff (PT). Parte-se da hipótese de que a despeito do sentimento
de traição em relação à base de apoio ao Executivo no Congresso Nacional,
o comportamento dos partidos nos mais de cinco mil e quinhentos municípios brasileiros
não foi impactado de forma tão marcante pelo afastamento presidencial.
|