A evocação da "vontade dos iguais" como dispositivo democrático
Apresenta e explora a "vontade dos iguais" como categoria central à compreensão da transformação de regimes políticos. Entende-se que, em nome desta vontade, regimes democráticos são instituídos ou mesmo postos em xeque. Tal "vontade", portanto, funciona como um dispositivo da pr...
Autor principal: | Mendonça, Daniel de |
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Outros Autores: | Tribunal Superior Eleitoral |
Tipo de documento: | Outro |
Idioma: | Português |
Publicado em: |
2020
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Assuntos: | |
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Resumo: |
Apresenta e explora a "vontade dos iguais" como categoria central à compreensão da transformação de regimes políticos. Entende-se que, em nome desta vontade, regimes democráticos são instituídos ou mesmo postos em xeque. Tal "vontade", portanto, funciona como um dispositivo da própria democracia, tendo em vista estar este regime fundado na igualdade entre todos os cidadãos. Tal presunção de
igualdade é meramente artificial, visto que nos regimes democráticos existentes entende-se
que a igualdade é observada somente no nível formal e não de forma "substantiva". É a partir da inobservância efetiva da igualdade que deve ser entendida a evocação da "vontade dos iguais". Tal dispositivo é útil para a compreensão dos mais diversos levantes populares que têm ocorrido em diversas partes do planeta desde o estopim da "Primavera Árabe" em 2011. Entende-se a evocação da vontade dos iguais como categoria igualmente importante para pensar as manifestações que tiveram lugar no Brasil em junho de 2013. |
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